1 de outubro de 2008

Sobre as Almas no Crepúsculo

Abrem o clarão, vão descendo em passos cuidadosos,
vão pisando as formigas e os caramujos, em pedras, em terra,
em vida...

Abrem um buraco no chão, vão jogando seus lixos, escrementos,
vão tirando cinzas e vão confinando as milhas de cada espaço,
cada saída...

Poderoso eu, deuses sem saberes místicos, sua grandeza,
bela realeza de dizer sou!
Poderoso em mim, entidades sem essência e auto-crítica,
bela forma de saber ser maior!


Mas a revolta das formigas e dos caramujos, sem passos cuidadosos,
são promessas de um dia ainda, cobrir-lhes de terra e de pedra,
cada inevitável realidade e cada empinada narina...

Mas a distância entre o "eu" e o aberto chão, é tão mínima...
Ai se soubessem disso, ai se entendessem, suas carnes já cinzas,
seu pouco espaço agora, sem saída...


Perecíveis "meus", escutem...
seus deuses não farão nada por si e nem mesmo os que lhes habitam!
Perecíveis "meus", excusem, porém...
sobre as almas no crepúsculo, digo: vê-se melhor de baixo!


Quando o sol se põe, quando o dia acaba,
sempre sei que um ciclo termina!
Mas quase nunca o lugar,
mas nem sempre em mim...
... porém, sempre!

Um comentário:

Unknown disse...

...os momentos favoritos do dia...(acho q já te disse isso,né?!)

...o final ou o começo...

...e sabe o q lembrei tbm?!?!MIOOOOOOLOS...haha...mortos-vivos...espasmos musculares...dor...uma fome intensa...zumbis...movimentos repetidos...falta de emoção...perecíveis...o final ou o começo?

Mai pu doido, como diria o bom e velho Cavera!