17 de julho de 2009

Agnus

As gentes que buscavam apreço
Entre elmos de palavras desgarradas
Sugaram vis imagens de amargura
Nos recantos sombrios das estradas

As gentes que de séculos antigos
Suas fracas fés forçadas desgraçavam
Chamaram de magia estranha
Os impossíveis desejos que esperavam

As gentes que iventavam o apego
De procuras nulas em películas criadas
Fizeram más palavras de candura
Por cada pedaço incerto e ciladas

As gentes que da tristeza cativa
Suas temperas sobre plano desejavam
Acreditaram cada sentença regalada
Improváveis lampejos que saudavam

As gentes que imploravam arrego
Dentre os pedidos em folhas picadas
Embeberam panos em formol de alento
Para os corpos juntados nas encruzilhadas

As gentes que em rincões escuros
Suas notas submissas todas entoavam
Aterraram lânguidos cadáveres
Junto à terra vermelha sob as plantações

Desde a infância
guardo bem as imagens e os dogmas;
um montão de besteiras religiosas
em forma de regras “se não Deus castiga”.
Fico aqui, quieto, só vendo quantos castigados
respeitaram as regrinhas!

- Cordeiro de Deus que tirai os pecados do Mundo...
Tende piedade de nós!! -

4 comentários:

Reginice Menezes disse...

Amigo.. oq posso dizer??
É akela velha história.. Bonzinho só se ferra!!!

bjos.. amo vc!!
Muitas saudades!!
Se cuida moleque!!

Digão! disse...

Kkkkkkkk... Lembrei dos canaviais, do hangar e dos labirintos!

Rima que rima..

Lauro disse...

E o locão dos Eucalíptos??
Lembra??

Vixe, capítulo pra se esquecer, mas não tive como não me lembrar agora rs.. Humor negro à parte, acho que vc cola todas essas figurinhas e é daí que saem os seus escritos profânos haha!!

Abração fio,
Lauro.

Ivan Guardia disse...

É bem foda, me faz pensar em rpg, medievalismo, filosofia; ou um monte de coisa inata. Seu tecer desconcerta ás vezes a percepção. Se escrever não fosse também pra isso, a escrita penderia em muito pra caduquice. Ah cara, esse texto tá muito bom. De cá, eu me vi caçando devaneios perto de uns elmos em rua deserta. Abraço.