25 de agosto de 2009

A Cura

No meu diário há certamente alguma mentira que quis acreditar...

Anda rapazinho,
você pode se atrasar, mas nunca aos outros...
E sua vida triste é tão cheia de idéias,
então faça delas alguma coisa!
Então veja como só de palavras não se pode mesmo...
Sempre com razão, ha ha ha, você tem pouca razão!
Você tem pouca salvação!

"Doutor, o senhor acha que tem cura?
Eu acredito que você precisa se cuidar mais!"

"E o senhor vai receitar alguma coisa né?
Eu vou dizer apenas que você precisa repousar...
antes dos exames fica complicado dizer alguma coisa!"

"Mas sabe o que acontece doutor?
O que?"

"Desde sempre as pessoas me pediram que eu esperasse
e dessa vez pra ser sincero, eu não posso nem imaginar
uma espera.
Terá que ter paciência!"

Anda homenzinho,
você pode esperar, mas nunca fazer que esperem os outros...
E sua doença triste é tão cheia de matérias,
então que culpa afinal você acha que tem?
Então entenda como as palavras encobrem certas ações...
Sempre com emoção, que ridículo, você nem se emociona!
Você nem tem coração!

"Doutor, sendo sincero, eu vou morrer disso?
Sendo sincero? Você vai viver um tempo com isso!"


Naquele dia, dos dois pulsos cortados
eu descobri que as coisas podem ser “resolvidas” assim!
Sinceramente, está aí excesso de covardia,
mas...
Os atos sempre se refletem sobre alguém,
mas que droga!!

Um comentário:

Anônimo disse...

As suas lembranças...