12 de setembro de 2010

Sangre!

Seu vinho podre deixado na minha escada
só seu desejo morto, inveja e despeito
sorriso de infelicidade por não conseguir
sorriso de insuficiência por não progredir
e a falha de suas frustradas audácias.

Seu cigarro posicionado diante do degrau
e isso é o que você faz de mau?
Meus passos pisarão seu peito, seu leito
enterrados no túmulo que você cavou.

Solitário bastardo de malícia chorona
vá pedir à mamãe que o coloque no colo.

Seu medo desenhado nas minhas imagens
só sua espera vã, mentira e fracasso
afronta de incapacidade por não poder
afronta de pouca habilidade por não ser
e a marca de seus inacabados trabalhos.

Seu vudú abandonado diante do meu palácio
e isso é o que você faz de máximo?
Meus planos derrubarão seu queixo, seu lânguido jeito
como os talhos no tronco que você agrediu.

Soberano palhaço de gracinha pimpona
vá pedir à mamãe que o salve, que lhe dê a mão.

"Um, dois,
feijão com arroz!
Três, quatro
feijão no prato!"

Como é mesmo aquela estória
do que se come frio, do que se come melhor
e mais gostoso?

he he he he he...

- Nunca mais espera escapar
do labirinto-canavial
se o espantalho, acaso, trombar por lá -

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