Estava aqui pensando a respeito de uma estória que conheço, acho que é uma estória que vivi, em partes, de certa forma...
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A garota da bilheteria era cheia de sonhos, belos sonhos. A garota da bilheteria sempre fora alguém vivaz e tal característica, tão forte, tão latente que posso então definir assim: a garota da bilheteria sempre foi uma de suas personagens preferidas, aquelas do cinema, aquelas da grande tela que depois de vendidos os bilhetes e de fechadas as portas, espiava vez ou outra, dia após dia. Antes do começo das filas, ali estava ela com um caderno, um diário – onde escrevia seus pensamentos, onde escrevia nomes em corações gigantes, poucas cores, muitos pensamentos, sua forma de ver o mundo.
Fico imaginando como deve ser curioso o trabalho de um bilheteiro, nesse caso bilheteira, mas tudo bem... Fico imaginando que se pode ver de tudo, pessoas bonitas e feias, pessoas alegres e estranhas, pessoas diferentes de você pedindo uma meia, uma inteira, carteirinha de estudante, “duas, por favor” e tudo o mais!
A garota da bilheteria não parecia importar-se muito com isso, sempre agradável, tratava de fazer seu serviço e lidar de forma cordial com os visitantes, os espectadores... Certo dia, louca de curiosidade para assistir um filme que entrara em cartaz, preparou tudo e ficou alerta pra quando a fila terminasse e as portas se fechassem, pudesse então correr pro cantinho de uma das portas e entre as cortinas, ver o filme que tanto queria. Justamente naquele dia “puxa um cara atrasado!”, chegou e fez com que perdesse o início, na verdade os trailers, que ela tanto gostava de ver... Mas atendeu-o e pensou ali na sua: “Cara bonitão”.
Curioso foi, que a garota da bilheteria não percebera, porém tanto tempo de filme e uns minutos na tela e outros tantos buscando ao rapaz atrasado pela platéia. Escuro, não conseguia ver! Pouco a pouco esqueceu, fixou-se na trama que contava em paralelo ao caso de amor extremo, o caso de amizade entre as pessoas, um grupo de amigos e suas aventuras, esperanças e idéias. A garota (como sempre em todos os filmes), viajou, criou coisas e fantasiou, mas entendeu, solucionou e mesmo que por pouco tempo, mesmo que por algum tempo, refletiu coisas da vida e (como para os que enxergam além) tomou os exemplos.
Pouco antes que terminasse a exibição da película, ela percebeu um feche de luz no outro canto da parede, na outra saída, o movimento das cortinas... Rapidamente, se colocou para fora da sala (curiosa como era) e viu que o rapazote do início daquela sessão, o bonitão atrasado, partira sem ver o final do filme. A garota ainda mirou-o e pensou: “Ai, ai. Mas é só mais um cara bonito”. Quando voltou para a entrada da sala, o letreiro dos créditos subia e que droga, ela perdeu o final tão esperado e agora nem teria mais graça, mesmo que o visse de novo e de novo, ali todos comentavam a cena final e vê-la nem lhe interessava mais. Voltou para a bilheteria e começou a escrever em seu diário... coisas, até que começasse a nova fila de pessoas estranhas. E sabe o quê é realmente muito curioso nessa estória toda?
A garota da bilheteria soube a opinião dos outros a respeito do filme. Ouviu, e como ouviu a respeito do certo ou errado na trama! Mas aquele moço bonito e atrasado que pagou para perder o fim, pouco entendeu da estória. A garota, na verdade já sabia o fim, tinha ouvido críticas estrangeiras, mas queria ver o desfecho e o rapaz atrasado, só mais um atraso para perder mais um fim!
Fico imaginando como deve ser curioso o trabalho de um bilheteiro, nesse caso bilheteira, mas tudo bem... Fico imaginando que se pode ver de tudo, pessoas bonitas e feias, pessoas alegres e estranhas, pessoas diferentes de você pedindo uma meia, uma inteira, carteirinha de estudante, “duas, por favor” e tudo o mais!
A garota da bilheteria não parecia importar-se muito com isso, sempre agradável, tratava de fazer seu serviço e lidar de forma cordial com os visitantes, os espectadores... Certo dia, louca de curiosidade para assistir um filme que entrara em cartaz, preparou tudo e ficou alerta pra quando a fila terminasse e as portas se fechassem, pudesse então correr pro cantinho de uma das portas e entre as cortinas, ver o filme que tanto queria. Justamente naquele dia “puxa um cara atrasado!”, chegou e fez com que perdesse o início, na verdade os trailers, que ela tanto gostava de ver... Mas atendeu-o e pensou ali na sua: “Cara bonitão”.
Curioso foi, que a garota da bilheteria não percebera, porém tanto tempo de filme e uns minutos na tela e outros tantos buscando ao rapaz atrasado pela platéia. Escuro, não conseguia ver! Pouco a pouco esqueceu, fixou-se na trama que contava em paralelo ao caso de amor extremo, o caso de amizade entre as pessoas, um grupo de amigos e suas aventuras, esperanças e idéias. A garota (como sempre em todos os filmes), viajou, criou coisas e fantasiou, mas entendeu, solucionou e mesmo que por pouco tempo, mesmo que por algum tempo, refletiu coisas da vida e (como para os que enxergam além) tomou os exemplos.
Pouco antes que terminasse a exibição da película, ela percebeu um feche de luz no outro canto da parede, na outra saída, o movimento das cortinas... Rapidamente, se colocou para fora da sala (curiosa como era) e viu que o rapazote do início daquela sessão, o bonitão atrasado, partira sem ver o final do filme. A garota ainda mirou-o e pensou: “Ai, ai. Mas é só mais um cara bonito”. Quando voltou para a entrada da sala, o letreiro dos créditos subia e que droga, ela perdeu o final tão esperado e agora nem teria mais graça, mesmo que o visse de novo e de novo, ali todos comentavam a cena final e vê-la nem lhe interessava mais. Voltou para a bilheteria e começou a escrever em seu diário... coisas, até que começasse a nova fila de pessoas estranhas. E sabe o quê é realmente muito curioso nessa estória toda?
A garota da bilheteria soube a opinião dos outros a respeito do filme. Ouviu, e como ouviu a respeito do certo ou errado na trama! Mas aquele moço bonito e atrasado que pagou para perder o fim, pouco entendeu da estória. A garota, na verdade já sabia o fim, tinha ouvido críticas estrangeiras, mas queria ver o desfecho e o rapaz atrasado, só mais um atraso para perder mais um fim!
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Sem bilheteria, filmes, garota vendendo entradas e bonitões comprando tickets de uma sessão de cinema. O que há, é uma pessoa que se colocou à experiência de se ver, sentir e tentar, com muito êxito. O que há também são pessoas que pagam por uma “sessão” sem se darem conta dos valores... E quem foi que disse que o fim chega quando se acendem as luzes da sala de projeção?
O que há, são pessoas aprendendo sobre os fins, entendendo o que cada um representa e outras fugindo deles e de si!
O que há, são pessoas aprendendo sobre os fins, entendendo o que cada um representa e outras fugindo deles e de si!
As juras de “para sempre” existem
nas intenções, mas às vezes...
É de uma saudade imensa e de uma fidelidade louca!
- Escolha acertada essa de sempre olhar pelo corredor,
minha doce e forte Reginice. -
Um beijo pra você!!
2 comentários:
É... a vida é assim mesmo!!! Nós é que somos os atores e atrizes desse palco.É aki que realmente tudo acontece... porém, qtas vzs deixamos de viver intensamente cada segundinho e passamos, sem perceber, a comtemplar a vida do lado de fora, como se estivessemos em um cinema assistindo a tudo,...e qdo agimos assim sentimos que algo está faltando, que alguma coisa mudou e nem percebemos! Essa distração muitas vzs, com "coisas belas " que vem e passam por nós, levam uma parte , um pedacinho...mas isso naum é o fim, pq depois da bilheteria "O que há, são pessoas aprendendo sobre os fins, entendendo o que cada um representa e outras fugindo deles e de si!"
Léo, obrigada!!!
amo vc!!
Saudades...
Parabéns Leo...adorei...Realmente, eu que conheço bem sei que realmente podemos chamá-la de doce e forte amiga Reginice!
Abraços!
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