1 de setembro de 2008

Vulpes Pilum Mutat, Non Mores

Eu faço dos dias um pouco do sonho,
mais sonhos refeitos, desejos então.
Eu tranco os segredos de coisas vendidas,
soberbos valores, sinistros rancores e há majestade,
há muita e temida,
falência dos órgãos!!
Eu mostro dos quadros um pouco do cheiro,
mais doses deixadas, amargos sabores.
Eu curso as estradas de terras longínquas,
soturnos amores, solênes dispores e há claridade,
há muita e vencida,
tristeza dos meus!!
Se planto idéias, se junto caminhos, por isso eu erro;
se troco de notas, se escrevo calúnias,
coitado que sou...
... tão firme, então acredito; tão simples, então me engano,
se digo quem sou,
há descrença, há rechaços e há conceitos,
defeitos!

Eu faço da vida um tanto pacata,
mais dores sabidas, são pedras no chão.
Eu proíbo histórias de capítulos vazios,
sinceros amores, cabidos atores e há muita verdade,
há tempos e procuras,
falência das almas!!
Eu trombo escadas, tão altas que são,
mais lances pra cima, cansados andares em vão.
Eu laço os contos, eu traço destinos,
simples casos externos, ermo ponto de espera e há solidão,
há poucas e válidas,
chances de ser!!
Se migro pra fora, se perco o bonde, por isso eu tento;
se finjo por dentro, se juro e não cumpro,
então sou assim...
... sublime bastrado; de gozo sarcástico, agora eu me vejo,
se visto essa máscara,
há visões de pecado, oras sempre, eu - o errado,
simplesmente aceito!!


Alegra-te!!
"Vulpes pilum mutat, non mores"
- Rapozas mudam de pelos, nunca de hábitos -

3 comentários:

Unknown disse...

"O errado"!
I'm walkin' with sorrow and these empty bottles tryin' to ease my pain!

Anônimo disse...

"Eu faço dos dias um pouco do sonho"

eu gosto de como vc escreve, pq parece q nunca termina...

Anônimo disse...

Estive aqui e sai mais feliz. Com gosto de poesia e saudade da infância nossa...

Natássia