27 de fevereiro de 2009

O Vício

Minha doçura de fazer sem segredos,
mesma doçura se fizer do medo, meus iguais,
finais, entre a massa pegajosa nos dedos...
Eu sou assim!
... meio silêncio, meio calado, olhos fechados
e mãos abertas,
sempre.


Minha imagem de prazer obscuro,
sendo obscuro se figurar além estas sombras,
sobras, enfileiradas as colunas sem mesura...
Eu gostaria assim!
... um pouco de tudo, de tudo em partes, pedaços
e uma folha seca,
sempre.


Minha facilidade de embeber o silêncio,
mesma fartura se atear fogo, meus sinais,
vitais, entre as carreiras arenosas da droga...
Eu toda vez assim!
... num sopro, sou tudo, de repente minha tristeza
e um momento sem cor,
sempre.


Minha loucura de temer sem preceitos,
sendo preceitos se sentir, os certos conceitos,
objetos sem notas, decadência sem memória...
Eu, mais assim!
... levanta-se o olhar deixando tudo sobre a mesa
e uma valentia típica dos torpes,
sempre.

Quando eu era criança ...
- Tio Gil, sempre dizia que o homem era
o animal irracional do mundo -
... eu acreditava no assobio das folhas!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossaaa.. pode crer, o assobio das folhas meu irmão!!

Viciante som. Achei muito louco tb a parte das colunas sem mesura, dá uma impressão de infinito, pra cima, olhando pra cima. Só podia ser dessa mente insana mesmo kkkk.

Abração,
Everton.